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Mostrando postagens de outubro, 2021

Desdém

Aquela alavanca de não mais que vinte centímetros, levemente inclinada, meio torta, meio curva; agredia com força e tesão as paredes da minha casa, e por dentro uma reação incontida me fazia chorar de alegria, via minhas partes transbordar em gozo, em água meio viscosa, meio densa, que parecia um licor e como tal ele bebia. No meio daquela cena selvagem e perfeita, ele parava, percebia minha explosão através dos meus gritos, como se desprezasse toda minha aflição, cravava seu membro com força dentro de mim e paralisava-se. Sutilmente com a mão esquerda embolava meus cabelos em duas voltas, segurava firme e certificava-se de que o nó estava bem feito, acho que ele temia minha fuga, estava presa tanto por cima, quanto por baixo, eu de quatro, escalada, arreganhada, entregue a ele.  Existia uma linha imaginária que iniciava no nó do meu cabelo nas mãos dele e percorria minha espinha dorsal, chegava ao meu rego e se encontrava com o membro dele dentro de mim. Aquela linha era nosso eixo de