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Mostrando postagens de maio, 2019

O melhor lugar do Mundo

Nos lambuzamos sempre que chegamos em casa Eu chego acendo meu cigarro enquanto você toma seu banho Fico ali de fora a apreciar tua silhueta pelo blindex do banheiro O respingo da ducha faz penumbra no vidro, vejo apenas teus traços, Percebo o turvo do teus seios, ouço-te a enxaguá-los Decifro dentro do vapor d'água,  tuas curvas Entre o desejo e a imaginação, fixo em tua bunda Imagino a exuberância dela, fetichizo o tanto de mim que ali cabe. Em breve acalmar do chuveiro vejo seus braços a pegar o sabonete, Logo você volta a banhar, ouço quando você lava o rosto Já não mais minha imaginação, percebo quando lavas entre tuas pernas Ouço o som de tuas mãos lavando tuas bundas, Sei que você faz pra me provocar, sei que você faz pra me convidar Você sabe o quando me delicio com ela Já depois do segundo cigarro, e com estresse no elástico da cueca Estendo as mão e te dou a toalha Você sugere eu te enxugar Prontamente

O que é pleno

A sorte dos que amam está na sedução, como nos envolvemos e nos redescobrimos Cada dia é sempre esperado, é sempre uma conquista Prefiro dizer que não sei transar, que não sei fazer sexo Prefiro sempre reconhecer minha incapacidade e impossibilidade de te fazer plena Prefiro me reconhecer em minha incompletude E depois disso, a cada depois disso, me dedicar plenamente a teu corpo Mergulhar em tuas inseguranças e curiosidades Fazer das tuas curiosidades minhas descobertas Redescobrir o óbvio no infinito da sede que nos toma Não é modéstia, é o reconhecimento de que com você nada é normal Com você tudo deve ser pleno, até o silêncio do teu gemido abafado Mergulhar em nossa cama e atirar-se no imprevisível É estar disposto a fazer tudo, inclusive deitar E fazer desse ato uma experiência única e plena É conversar, relaxar e discutir a fumaça do cigarro Meu amor, obrigado por ontem! Autora: Layce Barbosa

Assédio

Ter vagina não me torna "disponível" para receber seus assédios. Tem sido cada vez mais difícil conviver com pessoas, não vou generalizar, pois alguns homens que passaram em minha vida não podem ser comparados com tantos outros; que não ouso nem de chamar de "homem". Estes de alguma forma, pela qual não sei, mas que nada justificaria, se acham no direito de soltar comentários dos mais escrotos possíveis, te rebaixar, te fazer sentir ameaçada e tantas outras coisas. Sim, a primeira coisa muito difícil é ouvir esses comentários, mas a segunda coisa pior é não conseguir dizer nada, é se calar por medo. O trajeto que faço para a faculdade é  longo e tenho usufruído de caronas solidárias e outras nem tanto. "Homens" que a princípio já conhecia por causa de familiares; outros por questões de vizinhança, mas todos com algo em comum, um machismo que ultrapassa os limites. Ouvi comentários do tipo - uma morena dessa não pode estar solteira -  vamos sair sem com

Tutorial sobre sexo anal

Bastava uma escapulida do pênis, que logo eles já queriam mergulhá-lo em minha bunda. Alguns deles covardemente e imaturamente pretenderam me pegar de surpresa, esses foram embora com meu desprezo e ódio. Ora senhores, não se pode tratar o cu da mesma forma que se manuseia as bucetas, não quero minorizar nenhum dos dois, mas cada um deve ter tratamento diferenciado, fica aqui a minha primeira dica. Esse tipo de achismo, que não reconhece as peculiaridades de cada canal é majoritário entre os homens e nesse aspecto eles se enganam. Fazer sexo anal requer perícia e principalmente paciência. A experiência  masculina sobre esse tema advêm geralmente do protagonismo como espectador de filmes pornôs. Entendam rapazes, naqueles filmes a atriz é previamente preparada, existe o trabalho de bastidores que visa unicamente 'dilatar o canal'. Na hora em que há a penetração no ânus, tanto atrizes como atores já se preparam previamente. Por isso nem pensar em chegar e ir metendo logo. Ten

Em tuas costas

Do teu desprezo faço minha morada Em tua tez, acarinho o suor Conheço todas as constelações Sinal por sinal de tua pele Com dedos, desenho minha calma disfarço minha tara Ligo ponto a ponto, estrela a estrela entre elas, teu arrepio Espalho teus cabelos Estrelas brilham em noite escura Percorro o relevo do teu dorso Estrada de caminhos incertos Entre marcas, cicatrizes e sinais Minhas unhas cravam a Lua Nova Levo para mim parte do teu solo Manuscritos de sangue e suor Decifro em braile tuas histórias Vejo o desabrochar dos poros Rasgo caminhos, faço tatuagens Escorro o suor pelo ardor! Autora: Layce Barbosa

Um cigarro, caipirinha, saliva e paciência

Em uma dessas caminhadas conheci José Francisco, tratava-se de um rapaz com aparecia balzaquiana, tinha alguns fios brancos na cabeça que ainda não fazia imagina-lo com mais de 40 anos. Tinha saído de uma relação recente, fora casado por 10 anos. Nos conhecemos em um posto de gasolina, parei para abastecer meu carro, enquanto isso fui à conveniência comprar uns cigarros. No Balcão a pagar sua conta estava Ele. Com um gesto um tanto discreto viu que o maço que eu comprava era de um tipo de cigarro aromatizado e não tardou em lançar o comentário: “Gosto também desse tipo, as duas bolinhas aromáticas deixam pouco cheiro do fumo em nossas mãos”. Percebi que o comentário não era mera perícia tabagista, tampouco preocupação com meu vício. Zé queria puxar assunto. No primeiro momento ignorei, sorri com canto de boca e nada falei. Saí da lojinha e esperei na calçada os frentistas acabarem de limpar os vidros do meu carro. Percebi que o rapaz fingira esquecer algo dentro da loja e voltou; e

Lascivo

Que se inclina aos prazeres do sexo, à sensualidade Eu me inclino aos teus delírios, loucuras, fascínios Inclino-me a tudo que deriva dos teus desejos e fetiches. Autora: Layce Barbosa 

Viagem

Hoje vou dormir sem você, sem teu cheiro, sem teu calor Deito na cama, me reviro, não te encontro Insônia, perturbada, choro, me recomponho. É só uma noite sem teu cheiro, você volta. Mas a saudade machuca Aprendi a te ter sempre comigo, aquele vício de um bom dia de domingo Café, cafuné Carinho, massagem das costas aos pés Vício de contato, de entrelaço, te quero e descompasso Não sabendo viver sem você.

Encontro

Eu me encontrei, te recebi em meu corpo Cada centímetro, doído, quente, prazeroso  Paramos, nos sentimos, conectamos  Sua mão percorre tão lentamente de minha bunda, cintura, costelas, seios, ombros E me puxa para ti, eu respiro, suspiro, paro, sinto Sou tua, te recebo, te encontro, enlouqueço.  Arrepio, recebo teu beijo. 

Um só

Quero chegar do trabalho, cansada de mais um dia caótico e te encontrar em casa, me esperando acompanhado de tuas taças de vinho Em mais um dia frio e de chuva, tirar minha roupa e tomar um banho quente que você preparou, peço para acompanhar-me, não posso ser aquecida pela água se teu corpo não estiver em contato com o meu. Você me recebe, se encaixando como uma forma perfeita, a água da banheira desliza junto com teus dedos, que salientemente buscavam minhas fendas, que de úmidas passavam para encharcadas entre fluidos e água. Seus lábios repousavam sobre a base do meu ombro e subiam até o lóbulo de minha orelha. Mas era somente um banho, apenas um banho. Saio da banheira logo sinto me envolver, toalha, corpo e alma Sinto o aquecer de meu corpo secar cada gota de água que ainda persiste em escorrer. Deito-me nua ao teu lado na cama, pego em uma das mãos a taça e com a outra passo a deslizar com o indicador sobre teu peitoral, seguindo todos os teus sinais, que primordialment

Ápice

No ápice do gozo te espero e quero contemplar contigo Seu olhar enrijece assim como o teu membro, que sinto deslizar envolvido com meu fluidos num compasso ritmado buscando por mais. Tuas mãos me apertam com vigor.. Tuas estocadas estavam descompassadas Tua cabeça se abaixa Tua saliva de súplica..de encontro. .de prazer. ..de tesão. Desce de tua boca até minha pele. Os teus gemidos e confissões saem entrecortados denunciando o teu gozo. Tua boca cola na minha, meu corpo cola no teu.

Sexo sujo

Diria que nossos corpos se temperam nossas peles se cadenciam, se mesclam entre quentura, suadeiras e calafrios Nós sabemos precisamente nossos tempos, Amamos nossos gostos, eu, particularmente, tua saliva salobra Adoro beber aquele tom gelatinoso levemente salgado, profundamente gostoso - “Engulo, engulo MESMO!!!” bebo por que é gostoso, -Bebo por quê brota infinitamente, banho-me porque é teu gozo. Me sujo, lambuzo, degusto, regurgito e torno a engolir Me melo de você, me enlameio de tua gosma vaginal Nada é sujo, tudo que brota do amor é puro ...e saboroso. Autora: Layce Barbosa

Minha inspiração

Me pergunto de onde sai essa motivação. Seria lombra finita, ou apenas o coração. És minha droga preferida, vicia talvez mais que cocaína, causando estrago e devastação. Não me importo com as consequências, estilhaçada, destruída ou viciada. O importante é estar conectada com meu muso inspiração.

Sensação

Calor Brasa Chama Fogo Ardor Labareda Vulcão VOCÊ

Luzes

As luzes refletem O vento adentra A fumaça se dissipa O verde do mato passa ligeiro, assim como o tempo que voa sem medo.

Tempo

Como não odiar o tempo? Se ele te arranca de mim em todas as horas. Devo odiar o relógio por correr quando teu corpo se encontra perto do meu?? Parar no tempo e te sentir até quando eu puder, quando eu quiser. Enquanto desejo existir. Então ouso dizer que nunca sairás de mim. Pois sou fogo, chama acesa que queima incessantemente por você.

Entrando em teus caminhos

Entrarei bem discretamente Abrirei o portão sem deixar as chaves cair no chão Tocarei singelamente a porta para não fazer ruído Entrarei bem devagar, parte por parte A cada milímetro checarei tua face A cada entrada encaixarei mais minha bagagem Quando estiver totalmente dentro te direi "Boa tarde meu amor".

Suplica Devassa

Você chega do trabalho Joga suas roupas na cama Pega a caixa de cerveja, uma a uma vai distribuindo-as no frigobar Do outro lado da sala acendo meu cigarro Começo meu diálogo com tua bunda Ela, me hipnotiza, cada agachamento teu é um convite Você faz de propósito pra me provocar Ela fala comigo, me pede, me suplica a liberdade Tua calcinha, minúscula, parece aprisionar nossos desejos Frágil, me rendo ao convite, me ajoelho em tuas costas Com uma das mãos no cigarro, a outra e a boca te desnudam Em reverência esfrego minha face nas tuas duas faces traseiras Converso com ela, Certifico-me que ela é verdade, carne, sabor e mel Hesito por onde começar, Vejo aquela linha do fim das costas até o infinito teu Te peço de quatro na cama, empinada, cavalgável Ajoelho-me no chão frio Em movimentos caóticos de desejo, Toco a textura da língua a salivar, Deslizo com minha superfície áspera em tuas nádegas Mordo, com vontade quero levar um pedaço Enfio meu nariz a te saborear