A língua dele me causa aplausos
Esses dias tava aqui em casa, revirando coisas velhas, procurando uma caixa de incenso que trouxe da minha última viagem ao Chile. Tenho um quarto reservado só para as bagunças, coisas antigas, aliás, um quarto que chamo de 'reviver'. No meio dos livros velhos, discos antigos, encontrei um cartão de visitas, amarelado, meio morfado; nele o telefone e as descrições de um tal Carlos Augusto. Tentei tapear minha memória com o ar de que eu não me lembrava, e de fato tinha poucas lembranças da face do indivíduo. Mas me veio um “ Déjà-vu ”, algo como se a imagem tivesse ido dos olhos para o corpo sem passar pelo cérebro. No mesmo instante me estremeci, senti um frio no 'pé da barriga' e percebi aplauso da minha parte de baixo. Quem seria esse tal Carlos que merece aplausos de minha buceta? Pois é, na minha vida existiu esse tal Carlos. Fui me lembrando aos poucos daquela criatura. Tentava me lembrar só do rosto dele, mas só me vinha na mente a imagem dele refletida no espel