A língua dele me causa aplausos


Esses dias tava aqui em casa, revirando coisas velhas, procurando uma caixa de incenso que trouxe da minha última viagem ao Chile. Tenho um quarto reservado só para as bagunças, coisas antigas, aliás, um quarto que chamo de 'reviver'. No meio dos livros velhos, discos antigos, encontrei um cartão de visitas, amarelado, meio morfado; nele o telefone e as descrições de um tal Carlos Augusto. Tentei tapear minha memória com o ar de que eu não me lembrava, e de fato tinha poucas lembranças da face do indivíduo. Mas me veio um “Déjà-vu”, algo como se a imagem tivesse ido dos olhos para o corpo sem passar pelo cérebro. No mesmo instante me estremeci, senti um frio no 'pé da barriga' e percebi aplauso da minha parte de baixo. Quem seria esse tal Carlos que merece aplausos de minha buceta? Pois é, na minha vida existiu esse tal Carlos. Fui me lembrando aos poucos daquela criatura. Tentava me lembrar só do rosto dele, mas só me vinha na mente a imagem dele refletida no espelho, ajoelhado fazendo uma espécie de oração. Ele me dizia que aquele retrato eu iria carregar em minha mente pro resto da vida e seria a fotografia da devoção de um homem a uma mulher. Acertou!
Pra falar dessas tal devoções preciso dizer pra vocês quem era o 'devoto'. Era um rapaz casado, tinha 34 anos, dois a mais que eu. Sabia pouco ou quase nada de sua vida 'domiciliar', pois aí morava a premissa que lastreava o nosso relacionamento. Não nos fazíamos cobranças. Nosso 'contrato' era bem explicito. Embora eu fosse louca e arreada por ele, não demonstrava isso em instante algum.
Nos víamos três vezes por semana, o rapazinho parecia viciado nos dotes meus, e eu não posso negar que também era dependente dos dele.
Quando ele ligava, eu estava sempre disponível, tinha meus motivos queridos!
Ele trabalhava em uma indústria petroquímica e seus turnos eram bastante confusos. Eu nunca quis aprender seus horários, acho que isso era bom pois nunca me prendia a ele, sabia apenas que só nos encontrávamos quando o turno dele terminava no meio da tarde. Quando ele chegava, lá pelo fim da tarde, eu geralmente já havia chegado da escola onde dava aulas. Ficava em casa sempre despojada, vestia roupas casuais, peças finas e curtas, short e camiseta. Não fazia super produções para o boy não se sentir super valorizado. Ele tocava o interfone do prédio, me chamava, eu descia para abrir o portão. Subíamos juntos as escadas, caprichosamente Carlos deixava eu ir à frente, sempre dois degraus acima. O danadinho esperava o momento de solidão e subia as escadas mordendo minha bunda. No começo sempre me assustava, mas depois tinha que manter o decoro pra não chamar a atenção da vizinhança e nem das crianças que as vezes desciam as escadas. Pedia -mentirosamente- pra ele parar, mas era em vão. Me torturava até chegarmos no quarto andar. Enquanto eu tremia as mãos procurando as chaves ele aproveitava o deserto do andar e me tocava com a língua a região da poupa da bunda, sua língua quente me exitava e me deixava mais trêmula. Acho que meu nervosismo embora inconsciente era também proposital. Enquanto as chaves caiam ele sempre me molhava mais.
Carlos sempre trazia cervejas em lata e alguns cigarros e outros petiscos. Ficávamos pela cozinha do meu apartamento, lá era mais arejado, a fumaça e os assuntos se esvaiam com maios fluidez. Falávamos uma ou duas bobagens do dia, discutíamos um pouco de política, fumávamos alguns cigarros e quase sem perceber, já estávamos na segunda caixa de cerveja, ânimos já exultantes, a cozinha já não mais nos cabia, então nos convidávamos pra tomar banho.
Apartamentos de conjunto popular sempre tem banheiro pequeno, contudo esse detalhes aliados a uma boa imaginação, doses de contorcionismos, nos permitem grandes peripécias; o bom disso é que em todos os lugares se tem apoio.
No banho Carlos era sutil, me enxaguava, passava sabonete pelas minhas costas, meu pescoço. Tinha um carinho e suavidade em acariciar meus seios, enquanto uma das mãos me tocava o bico do meu peito com o sabonete, a outra circundava a aureola do meu outro seio. A espuma escorria pela minha barriga. Ele sabia que eu tinha cócegas do umbigo. Brincávamos, riamos. Augusto lavava depois minhas pernas, parecia não querer tocar em minhas partes; mas, na verdade queria deixar o melhor pedaço do final.
Coxas, joelhos, panturrilha e os pés. O rapaz parecia ter devoção por mim, ajoelhava e fazia tudo isso com toda a calma do mundo. Ao contrário de outros homens, ele sabia me curtir, sabia ter calma; tinha certeza que eu não iria fugir, naquela tarde eu iria ser dele e portanto, precisava ser pleno
Ele olha pra cima, com um olhar de menino pidão e me pede pra ele passar o sabonete em minha vagina. Eu sorrio, balanço a cabeça, mas não nego. Cuidadosamente o sabonete começa a deslisar na minha vagina, passa pelo clítoris. As mão deslisam entre as pernas.
Ainda de joelhos na minha frente, pede pra eu diminuir a vasão do chuveiro, atendo. Caprichosamente ele coloca a cabeça entre minhas pernas, como se quisesse ver meus seios por baixo. Eu escancaro as penas, não vejo os olhos dele, vejo apenas sua boca aberta. Ele toca com língua naquela região que divide anus e vagina, sinto e me espanto, no momento de susto travo a cabeça dele entre minhas pernas. Sacanamente ele me faz um pedido inesperado, ele pede para eu fazer xixi. Relutei por alguns instantes, achei aquilo estranhos, mas ele insistiu. Depois de uma caixinha de cerveja o pedido dele não era algo tão difícil de ser realizado. Então com muita calma fui soltando minha bexiga e liberando minha urina. Ouvia o som da cachoeira bater na sua boca, a boca cheia, ele tentava engolir, mas não tinha pressa, transbordava água. Fui soltando, ele parecia gostar, queria falar algo mas eu não entendia, fui jorrando aquela cachoeira;  ao final senti um alívio misturado com tesão que se parecia com um Gozo! Arrepiei-me toda. Pressionei a cabeça entre minhas pernas como sinal de gratidão e desejo.
Ele engolia ajoelhado a última gota minha. Deixou as mão entre minhas pernas. Estremeci. Arrepiei. Peço pra dá um beijo nele queria sentir o gosto daquilo tudo. O safado negou-se. Não queria se levantar. Deixei ele continuar. Minhas duas mãos apoiavam-se no azulejo do banheiro, minha bunda não tinha mais fuga, estava colada na parte de trás, onde fica a saboneteira do banheiro. Eu estava presa. Sem saída. Nós dois sabíamos disso. Carlos pediu pra continuar. Deixei, é claro! Sua mão passava pelas minhas pernas e eu as deixava entrar entre minhas bundas, lavando-as sutilmente do azulejo. Eu resistia, aquele movimento singelo era muito agradável, ele não pressionava nenhum dos dedos, nem quando encontrava meu orifício. Eu gostava daquele temperamento. Depois  ele pediu pra eu virar. Fiquei com o rosto no azulejo e a bunda virada pra ele. Ainda de joelhos ele continuou seu ritual. Enxaguou e lavou com muita destreza minhas partes. Não deixou nenhum vestígio de sabonete ou algo que pudesse irritar a fissura do contato entre nossas peles. Aquele cuidado era digno de quem sabia o que estava fazendo e pra quê estava fazendo.
Depois de meia hora de tortura Carlos liga o chuveiro, eu permaneço de costas pra Ele. Escuto a água bater em seu cabelo e respingar em minha cintura. Imaginei que ainda permanecia ajoelhado. Então ele dá inicio a segunda parte da tortura.. Desliga o chuveiro e milimetricamente vai encaixando a cara na minha bunda. Não demora sinto sua língua tocar no meu ânus; enrijeço a costela, ele me pega pela cintura e me puxa pra baixo, vou relaxando.., vou me acostumando com aquele corpo quente. Sinto a língua dele querer penetrar-me. Ele insiste, eu resisto involuntariamente. Nessa brincadeira eu vou me melando cada vez mais. Me apoio com as duas mãos no suporte de toalhas, abro as pernas para Carlos se afogar mais. Ele parece não querer parar. Eu ofereço pra ele minha vagina ele não se interessa e continua a pincelar-me...Em uma tentativa desesperada eu viro de uma vez e coloco minha perna no vaso, fico aberta pra ele se deliciar. Ele tinha uma tara por sexo oral, e eu adorava. Enquanto ele se saboreava chupando minha buceta, eu ficava com os dedos massageando meu clitóris. Tremia as pernas, não aguentava, puxava o cabelo molhado dele e enterrava a sua cara na minha fenda. Deixava ele sem fôlego, fazia ele beber todo meu gozo. Ele tinha a doçura de se lambuzar em minhas entranhas sem deixar que eu sentisse seus dentes...adorava aquela perícia. Por pedido meu, sugiro que saiamos do banheiro. Obediente, Carlos ia de lá até o meu quarto, se rastejando com a cara e boca enfiada no meu rabo. Eu o tinha como cachorrinho e o trazia segurando pelos cabelos enterrado em minhas nádegas.
Então na cama Ele me pedia pra deitar, abria minhas pernas e de joelhos permanecia em sua oração. Evocava de mim os mais divinos sussurros e suspiros. Ele parecia beijar minha buceta como quem beijasse os lábios de uma moça delicada. Muita calma, muito jeito. Sugava e lambia ao mesmo tempo meu clítoris. A saliva que descia, escorria até o ânus, e com a mesma língua ele trazia aquela saliva toda pra cima do clítoris e começava tudo de novo, ele parava pra respirar e ajoelhado do lado de fora da cama via meus olhos, meu êxtase não me deixava fitar com nitidez a face dele, meus deliravam em gemidos suprimidos para que aquela língua se fizesse pênis e me tocasse mais profundamente, mas já não tinha mais forças... em gozo e suor eu via o lençol todo molhado, trêmula e cansada adormeci. Procurava Carlos pela cama e não encontrava. Vi o despertador no criado mudo e pensei: Àquela hora ele já estaria em casa, talvez, diferente de mim, insatisfeito.
Sinto muitas saudades de Carlos, nos encontramos varias vezes, porém pouco tenho registros em minha memória da face dele. Sua dedicação e habilidades com sua língua e boca me fazem ter recordações apenas de seus cabelos, seus queixo, seu olhar e aquela imagem refletida no espelho do meu quartos fotografando ele de joelho com sua cara enterrada em mim...
...ahh, como sinto falta dos Carlos em minha vida.

Autora: Layce Barbosa 

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