Desabafos em um papel de cigarro
Vivendo uma nova fase de minha vida começo na procura de um apartamento novo, já visitei alguns, mas nenhum me fez sentir algo que me pedisse para ficar.
Hoje fui olhar um na zona sul, 10° andar. Gostei muito do apê, na varanda tinham alguns materiais da reforma. Sento para apreciar a vista e me surpreendo ao ver algo enfiado no buraco de um dos tijolos que estavam ali.
Ao abrir vejo um papel que antes embalava um maço de cigarro e nele estas confissões:
Espero te o dia inteiro me componho e recomponho. Meu marido saiu, temos que aproveitar. Tu apareces ao fim da noite, tens pouco tempo, não mais que a queima de um cigarro. Da porta aos tapas e arranhões vou te despedindo. Solvo teu membro, minhas vestimentas não interessam mais. Não ligo para tuas explicações, te sinto duro, tenso e meu. Me afogo em sussurros e prazer. Apoio a cama para que os vizinhos não ouçam. Eu me desmancho, qual as cinzas ganhando o ar, vou aos céus. Ele pode chegar a qualquer momento. A minha hora se dissipa em alguns minutos, não quero filtros, quero você pleno dentro de mim. O incenso ganha os cômodos da casa. Estou realizada. Quero que tu vás embora agora! Tuas fagulhas ficam dentro de mim. Não esqueças tua carteira, não esqueças que jamais poderá deixar uma mulher te esperando.
Faltam 19, pouco me importa, tenho em mim apenas o que me interessa.
Como fumaça tu esvais.
Hoje fui olhar um na zona sul, 10° andar. Gostei muito do apê, na varanda tinham alguns materiais da reforma. Sento para apreciar a vista e me surpreendo ao ver algo enfiado no buraco de um dos tijolos que estavam ali.
Ao abrir vejo um papel que antes embalava um maço de cigarro e nele estas confissões:
Espero te o dia inteiro me componho e recomponho. Meu marido saiu, temos que aproveitar. Tu apareces ao fim da noite, tens pouco tempo, não mais que a queima de um cigarro. Da porta aos tapas e arranhões vou te despedindo. Solvo teu membro, minhas vestimentas não interessam mais. Não ligo para tuas explicações, te sinto duro, tenso e meu. Me afogo em sussurros e prazer. Apoio a cama para que os vizinhos não ouçam. Eu me desmancho, qual as cinzas ganhando o ar, vou aos céus. Ele pode chegar a qualquer momento. A minha hora se dissipa em alguns minutos, não quero filtros, quero você pleno dentro de mim. O incenso ganha os cômodos da casa. Estou realizada. Quero que tu vás embora agora! Tuas fagulhas ficam dentro de mim. Não esqueças tua carteira, não esqueças que jamais poderá deixar uma mulher te esperando.
Faltam 19, pouco me importa, tenho em mim apenas o que me interessa.
Como fumaça tu esvais.
Autora: Layce Barbosa.
Comentários
Postar um comentário