Um cigarro, caipirinha, saliva e paciência



Em uma dessas caminhadas conheci José Francisco, tratava-se de um rapaz com aparecia balzaquiana, tinha alguns fios brancos na cabeça que ainda não fazia imagina-lo com mais de 40 anos. Tinha saído de uma relação recente, fora casado por 10 anos. Nos conhecemos em um posto de gasolina, parei para abastecer meu carro, enquanto isso fui à conveniência comprar uns cigarros. No Balcão a pagar sua conta estava Ele. Com um gesto um tanto discreto viu que o maço que eu comprava era de um tipo de cigarro aromatizado e não tardou em lançar o comentário: “Gosto também desse tipo, as duas bolinhas aromáticas deixam pouco cheiro do fumo em nossas mãos”. Percebi que o comentário não era mera perícia tabagista, tampouco preocupação com meu vício. Zé queria puxar assunto. No primeiro momento ignorei, sorri com canto de boca e nada falei. Saí da lojinha e esperei na calçada os frentistas acabarem de limpar os vidros do meu carro. Percebi que o rapaz fingira esquecer algo dentro da loja e voltou; em alguns instante saiu novamente e me pediu o isqueiro.
Percebi de cara qual era a onda daquele malandro, deixei evoluir.
O frentista veio ao meu encontro entregou-me as chaves, agradeci e esperei o término da última tragada. O cortejador ficou calado, somente na hora em que eu saí ele pronunciou: “Obrigado moça”. Fiz legal com os dedos, acionei me carro e parti.
Não me dei conta que o rapaz me seguiu em uma moto. No dia seguinte recebi em minha casa por meio de um moto taxista um litro de vinho tinto e uma carteira de cigarro igual à que comprei. A carteira estava aberta e dentro havia uma escrita: “Voltei a fumar ontem, essas duas bolinhas aromáticas me fizeram lembrar de coisas boas. Hoje quero continuar tendo boas lembranças, fumando o resto da carteira com você, me ligue” e em seguida o número do telefone dele.
Resolvi ligar no dia seguinte, já havia tomado todo o vinho na mesma hora em que recebi, é claro! Pedi apenas pra ele vir em minha casa e trazer uns cigarros. Até aquele momento ainda não havia pensado em sexo, ou coisas mais intimas, queria conversar com o rapaz.
Era uma sexta feira, tinha acabado de chegar do trabalho, estava um pouco cansada, mas aceitei me dá a companhia de Zé. Ele veio era às 19 horas pontualmente, o perfume forte e as mãos suadas denunciavam a insegurança do rapaz. Deixei ele não perceber minhas impressões. Ficamos no terraço, ouvimos músicas, ele falava de aviação, corridas de carro, músicas e livros; veio preparado para um bom debate.
Nossas cadeiras eram de metal estávamos há aproximadamente três metros um do outro. Ele não ousou nenhum ato sem que eu tivesse dado liberdade, achei aquilo um tanto que interessante. Francisco então se ofereceu pra fazer uma caipirinha em minha cozinha, aceitei. Algo me chamou atenção quando ele veio da cozinha, percebi que ele voltara chupando um limão, mas sua língua fazia movimentos bem envolventes. Entendi que aquilo não era um movimento para me comover, apenas senti desejo naquela língua.
Na segunda vez que ele foi à cozinha nos topamos no balcão da sala. O beijo dele me contou um montão de coisas. Logo pensei na temperatura quente daquela língua a me tocar, depois que pensei ele logo me abraçou por trás beijou minha nuca e tirou meu short. De folgada, a peça logo caiu, a calcinha era seu desafio, eu não me opus em momento algum. Francisco corria os dentes da minha nuca até meu cóccix, me arranhava com seus dentes, subia e descia, misturava saliva, dentes e vontades; fez isso uma dezena de vezes. No início da linha da minha bunda ele começou a massagear com sua língua. Percebi que aquilo era bom. Deixei literalmente o caldo engrossar à medida que ele salivava hidratava meu rego. Sentia pingar gotas de suor, saliva e tesão pelos lábios de minha vagina; abria as pernas só pra ver aquilo tudo pingar. Em meu desespero tinha apenas um pedido ao Zé e fiz: “Mete essa porra em mim”. Ele sorriu e disse: “Meu amor, o tempo aqui é o meu”. Me percebi rendida àquela situação, não quis relutar e deixei ele navegar. Zé então ajoelhou-se e encostou sua língua quente onde eu mais desejava. Parecia conferir com a ponta da língua as pregas que ao mesmo tempo que resistiam o convidava a entrar. Uma contagem eterna, eu não sabia se pedia para ele recontar ou se pedia pra meter seu membro. Aguentei aproximadamente 15 minutos dessa tortura gloriosa. Contraía os músculos da minha vagina e denunciava a ele cada gozada minha. Zé parecia dialogar com cada músculo de meu ânus, parecia pedir permissão para fazer uso daquele espaço, e assim parecia que estava conseguindo.
 Sentia minha abertura piscar, parecia um convite, ou talvez um chamamento em desespero, queria logo ele me enrabando. Mas ele não tinha pressa! Incansavelmente tentava encontrar meu clitóris com a língua, enfiava a cara no meu rabo, seu nariz me penetrava enquanto sua língua passeava em minha fenda. Naquele momento aquele nariz me dava um prazer horrendo, mas eu estava inconformada, queria mais, queria o mastro do Zé. Ele baixou o zíper da bermuda jeans folgou o sinto de couros. Pedi pra chupar seu cacete, ele negou. Molhou bem seu pau em toda gosma que pingava, me pediu calma e me disse: “Vou comer seu cuzinho, bem devagar, se doer em algum momento eu paro”. Não sei porquê, mas naquele momento senti total confiança nele, relaxei com tamanha perícia, eu queria me jogar logo e me afundar naquele cacete, mas preferi seguir o conselho de deixar aquilo tudo entrar lentamente......

Autora: Layce Barbosa

Comentários

  1. Texto escrito com muita maestria, meus parabéns, o enredo e a riqueza de detalhes é realmente impressionante, como descreve cada cena, faz com que eu como leitor me sinta nela!! Por favor não pare de escrever. É um prazer encontrar textos e poemas como os teus!!!

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